INFRAESTRUTURA
Por: Melissa Bulegon - MTE 11.607
24.02.2017 - 01h:37min
Sossella: prazo para discussão da concessão de rodovias federais no RS é ampliado
Sossella comemorou avanço na questão (Foto: Wilson Cardoso)
O deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) celebrou a decisão da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) de ampliar a discussão em torno do programa de concessão de rodovias federais no Estado. Além disso, foi confirmada a realização de uma terceira audiência pública para debater o assunto. O encontro será em Lajeado no próximo dia 16, às 14h, no auditório do Centro Universitário Univates.

“Embora o prazo tenha sido ampliado em 17 dias, até 2 de abril, para nós já é um avanço positivo, que demonstra que a mobilização de todos é fundamental para estendermos o diálogo em torno desta questão. Este programa irá interferir na vida dos usuários por 30 anos e não podemos permitir que seja executado da forma como está prevista”, ressaltou Sossella, que presidiu a CPI dos Pedágios na Assembleia Legislativa.

O trecho a ser licitado no Rio Grande do Sul prevê a concessão das rodovias federais BR-101/290/386/448, que englobam 32 municípios gaúchos. As alterações no cronograma foram divulgadas durante a audiência pública ocorrida em Brasília na quinta-feira (23), com a presença de cerca de 100 pessoas. O primeiro encontro foi realizado em Porto Alegre, no dia 16 de fevereiro. Na ocasião, Sossella defendeu mais diálogo a respeito do tema.

O deputado também criticou a forma como serão os investimentos previstos no Programa de Exploração de Rodovia (PER), que prevê duplicação na BR-386 somente a partir do 12º ano de cobrança dos pedágios. “Não podemos em hipótese alguma aceitarmos pedágio nestas condições. Reitero a nossa posição de que pedágio só se justifica se tiver pista duplicada”, alertou.

Outra questão apontada por Sossella foi quanto ao momento econômico em que está sendo lançado o programa de concessão federal no Estado. De acordo com ele, a taxa de juro está muito elevada, ou seja, as concessionárias terão que pegar recursos e vão pagar caro por isso, o que irá, automaticamente, impactar no valor final da tarifa.